Sobre esquecer

Faz um ano que meu relacionamento mais longo terminou. É interessante como eu me abri sobre ele aqui no blog e como a escrita foi importante para que eu percebesse que aquele relacionamento era ruim (porque quando terminou eu ainda estava iludida achando que ele era ótimo). Escrever foi vital no processo de cura também.

Nós não terminamos numa boa e hoje o motivo é claro. Não há como terminar numa boa se uma das partes foi filha da puta. Eu bloqueei ele, a família, os amigos que eram só dele em todas as redes sociais. Eu nunca tive vontade de stalkear, não houve um momento em que eu quis digitar o nome dele na busca do facebook pra dar aquela fuçada mas né, não tem jeito. A gente fica sabendo das coisas mesmo sem procurar e de vez em quando eu falo dessas coisas no twitter.

Quem me ouve falando dele acha que eu não superei. Superei sim. Estou ótima, apaixonada, feliz da vida.

Mas eu não esqueci. E nem pretendo.

Eu não quero esquecer que ele me chamava de burra. 

Não quero esquecer que ele criticava meu corpo e que com isso eu fiquei obcecada pelo meu peso a ponto de fazer dieta mesmo medindo 1,69 m e pesando 52 quilos. 

Não quero esquecer que ele era incapaz de me fazer um elogio.

Não quero esquecer que ele me fazia acreditar que todas as nossas as brigas eram culpa minha.

Não quero esquecer que ele priorizou tudo na vida dele menos nosso relacionamento e se eu cobrasse uma atitude diferente era acusada de manipuladora e mimada. 

Não quero esquecer que ele me traiu. Várias vezes.

Não esquecer é diferente de não superar. Não esquecer é garantir que não vai acontecer de novo. 



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